AMPHOCIL

 AmphocilTM     ZENECA

Anfotericina B

50 e 100 mg

Dispersão coloidal liofilizada para infusão intravenosa

Uso pediátrico e adulto

Composição de Amphocil

Cada frasco-ampola contém 50 mg ou 100 mg de anfotericina B, na forma de um complexo com colesterilsulfato  de sódio.

Informações Técnicas de Amphocil

Descrição de Amphocil

Anfotericina B, o componente ativo de AMPHOCIL, é um antibiótico fungicida poliênico macrocíclico produzido por Streptomyces nodosus. A anfotericina possui alta afinidade pelo ergosterol, o principal esterol em membranas de células fúngicas, e uma menor afinidade pelo colesterol, o esterol predominante em membranas celulares de mamíferos. A ligação da anfotericina B com ergosterol resulta em dano à membrana celular fúngica, aumento da permeabilidade da membrana e eventual morte celular. As membranas celulares de mamíferos. também contém esteróis, e tem sido sugerido que o dano causado pala anfotericina B às células humanas segue um mecanismo de ação semelhante àquele para células fúngicasAMPHOCIL é uma nova formulação de anfotericina B, baseada em sua afinidade única por esteróis. AMPHOCIL é um complexo estável de anfotericina B e colesterilsulfato de sódio, um metabólito natural do colesterol. A anfotericina B e o colesterilsulfato de sódio formam um complexo em uma razão aproximadamente equimolar para formar micropartículas discóides uniformes. AMPHOCIL não é uma formulação lipossômica, mas uma dispersão coloidal de anfotericina B e colesterilsulfato de sódio. O uso de flucitosina com AMPHOCIL não foi estudado. Ao mesmo tempo que a sinergia entre a anfotericina B e flucitosina foi relatada, a anfotericina B pode aumentar a toxicidade da flucitosina através do aumento da sua captação celular impedindo a excreção renalMicro biologia ("in vitro"): Anfotericina B, o componente ativo de AMPHOCIL apresenta in vitro uma atividade elevada contra numerosas espécies de fungos. A maioria das cepas de Candida sp., Aspergilius fumigatus, Cryptococus neoformans, Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis Coccidioides immitis são inibidas pela Anfotericina B in vitro.  Em estudos comparativos, concentrações inibitórias mínimas (CIMs) da AMPHOCIL e da formulação convencional de anfotericina B são comparáveis. CIMs de AMPHOCIL variam entre 0,125 a 16 mg/ml, e CIMs de anfotericina B convencional variam entre 0,25 e 4 mg/ml. Anfotericina B possui efeito mínimo ou nulo sobre bactérias e vírus.

Farmacocinética de Amphocil

Dados de estudos de farmacocinética em animais demonstraram picos de níveis plasmáticos inferiores e valores de área sob a curva de concentração sangüínea (ASC) total  maiores após tratamento com AMPHOCIL, comparados com doses eqüivalentes de anfotericina B convencional .Nos estudos de distribuição em animais, concentrações mais elevadas de anfotericina B, medidas no fígadobaço e medula óssea, não foram  acompanhadas de  evidência de toxicidade aumentada nesses órgãos após administração de AMPHOClL. Os níveis nos rins, o principal sitio de toxicidade da anfotericina B convencional, foram quatro a cinco vezes inferiores após tratamento com AMPHOCIL e se correlacionaram com nefrotoxicidade  reduzida, comparados com anfotericina B  convencional. A tabela a seguir mostra parâmetros farmacocinéticos em humanos após dose única de AMPHOCIL de 0,25; 0,5; 1,0 e 1,5 mg/kg. Os valores apresentados são parâmetros derivados do modelo que consiste em 3-4 indivíduos por nível da dose. Concentrações plasmáticas mínimas de anfotericina B foram medidas em pacientes submetidos a transplantada medula óssea que receberam tratamento diário com 0,5 a 5,0 mg/kg de AMPHOCIL por até 6 semanas. As concentrações plasmáticas mínimas de anfotericina B não aumentaram para níveis de dose de até 4,0 mg/Kg/dia, mas aproximadamente dobraram em pacientes que receberam 5,0 mg/Kg/dia por até 6 semanas. O aumento nas concentrações plasmáticas mínimas sugere que  ocorreu acúmulo sistêmico de anfotericina B; entretanto esse acúmulo resultou em aumento de incidência de eventos tóxicos. Estudos detalhados de distúrbios em humanos não foram conduzidos com anfotericina B convencional, e também o seu metabolismo não está completamente elucidado. Esses tópicos também não foram estudados com AMPHOCIL


Parâmetro            Nível de dose de AMPHOCIL (mg/kg)
Farmacocinético        0,25    0,5    1,0    1,5

Cm/ax (mcg/ml)            1,0    1,3    2,2    2,5

ASC (mcg-h/ml)        9,1    20,0    45,6    56,8

Cl (l/h)                2,1    1,8    1,5    2,1

t1/2* (h)                86    157    244    235

Vd (l)                250    389    514    660

* t1/2 = meia vida de eliminação

Indicações de Amphocil

AMPHOCIL está indicado para o tratamento de micoses sistêmicas severas e (ou) profundas em casos onde a. toxicidade ou comprometimento renal impossibilitam o uso de anfotericina B convencional em doses eficazes, e em casos onde  a terapia  antifúngica sistêmica anterior foi falha. Micoses tratadas com AMPHOCIL com sucesso incluem candidíase  disseminada e aspergilose. AMPHOCIL não deve ser usado em micoses clinicamente não aparentes ou comuns, diagnosticadas somente por testes epidérmicos ou determinações sorológicas.

Contra-Indicações de Amphocil

AMPHOCIL não deve ser administrado a pacientes que apresentaram hipersensibilidade aos componentes da fórmula, a menos que, na opinião do médico, as vantagens da utilização de AMPHOClL superem os riscos de hipersensibilidade

Precauções de Amphocil

Pacientes diabéticos: Deve ser observado que cada frasco-ampola de AMPHOCIL 50 mg contém 970 mg de lactose monoidratada e cada frasco-ampola de AMPHOCIL 100 mg contém 1.940 de lactose monoidratada. Pacientes em diálise renalAMPHOCIL deve ser administrado somente no final de cada período de diáliseEletrólitos séricos, particularmente potássio e magnésio, devem ser regularmente monitorizados.Gravidez: Estudos de toxidade reprodutiva em animais com  AMPHOCIL não demonstram evidências de danos ao feto. Embora a substância ativa, anfotericina B, tenha sido largamente utilizada por muitos anos sem conseqüências danosas aparentes, não há evidências adequadas da segurança na gravidez humana. Entretanto é recomendado que a administração de AMPHOCIL seja evitada na gravidez, a menos que os benefícios previstos para a paciente superem os riscos potenciais para o fetoLactação: Não é conhecido se a anfotericina B é excretada pelo leite humano.
Deve-se considerar a descontinuação da amamentação durante tratamento com AMPHOCII. Uso pediátrico: Um número limitado de pacientes pediátricos foi tratado com AMPHOCIL, utilizando doses diárias (mg/kg) similares àquelas para adultos. Não houve relatos de eventos adversos incomuns. Uso em idosos: Um número limitado de pacientes idosos foi tratado com AMPHOCIL; os dados disponíveis não indicam a necessidade de recomendações específicas de posologia ou precauções em pacientes idosos.

Interações Medicamentosas de Amphocil


Não há relatos de interações entre AMPHOCIL e outras drogas, inclusive a ciclosporina. Entretanto deve-se ter cautela em pacientes que estejam recebendo terapia concomitante com medicamentos que sabidamente interagem com a anfotericina B  convencional, como drogas nefrotóxicas ( aminoglicosídeos, cisplatina e pentamidina), corticosteróides e corticotrofina (ACTH), que podem potencializar a hipocalemia, e glicosídeos digitálicos, relaxantes musculares e agentes antiarrítimicos, cujos efeitos podem ser potencializados na presença de hipocalemia. O uso de flucitosina com AMPHOCIL não foi estudado. Embora tenha sido relatado sinergismo entre anfotericina Be flucitosina, a anfotericina B pode aumentar a toxicidade de flucitosina pelo aumento da captação celular e impedindo sua excreção renal.

Reações Adversas de Amphocil

Em geral, o médico deve monitorizar o paciente para qualquer tipo de evento adverso associado a anfotericina B convencional. O aparecimento de reações adversas geralmente não impede o paciente de completar o tratamento. Deve-se ter cuidado quando é indicada terapia de altas doses ou terapia prolongada. Reações agudas incluindo febrecalafrios, e rigidez podem ocorrer. Reações anafilactóides, incluindo hipotensãotaquicardiabroncoespasmodispnéiahipoxia e hiperventilação, também foram relatadas. A maioria das reações agudas são tratadas com sucesso pela redução de velocidade de infusão e pela pronta administração de antihistamínicos e corticosteróides adrenais. Efeitos anafilactóides sérios podem necessitar da descontinuação do AMPHOCIL e da tratamento com terapia adicional de suporte (p. ex.: adrenalina). Estudos clínicos conduzidos demonstraram que AMPHOCIL é menos nefrotóxico do que a anfotericina B convencional. Os níveis séricos de creatinina tendem a permanecer consistentes durante o curso da terapia até em pacientes com insuficiência renal. Pacientes que desenvolveram insuficiência renal durante o tratamento com anfotericina B convencional foram estabilizados ou melhoraram quando a terapia foi substituída por AMPHOCIL. Declínio na função renal atribuível ao AMPHOCIL foi raro. Entretanto, assim como a anfotericina B convencional, a função renal deve ser monitorizada com atenção especial naqueles pacientes que estejam recebendo terapia concomitante com drogas nefrotóxicas. Não houve relatos de hepatite tóxica evidente com o uso de AMPHOCIL. Alterações nos níveis de fosfatase alcalina e bilirrubina foram infreqüentes. Alterações na coagulaçãotrombocitopenia e hipomagnesemia foram observadas algumas vezes com o uso de AMPHOCILAnemia, que é um evento adverso muito comum durante o tratamento com a anfotericina B convencional, desenvolveu-se em apenas 2,5% dos pacientes tratados com AMPHOCIL. Outros eventos relatados incluem náuseasvômitohipertensãocefaléia, dor lombar, diarréia e dor abdominal.

Posologia e Administração de Amphocil

O tratamento pode ser iniciado com dose diária de 1,0 mg/kg, aumentada até a dose recomendada de 3,0 - 4,0 mg/Kg, conforme necessário. Doses de até 6 mg/Kg foram  utilizadas em pacientes. As doses devem ser ajustadas de acordo com as necessidades da cada paciente. Em estudos clínicos a dose acumulativa média foi de 3,5 g e a duração do tratamento foi de 16 dias. Dez por cento (10%) dos  pacientes receberam 13 g ou mais de AMPHOCIL em um período de 27 a 409 dias. AMPHOCIL é administrado por infusão intravenosa a uma velocidade de 1 a 2 mg/kg/hora. Se o paciente apresentar reações agudas ou não puder tolerar o volume de infusão, o tempo de infusão deve ser prolongado.

Reconstituição e Diluição de Amphocil

AMPHOCIL deve ser reconstituído através da adição de égua estéril para injeção, usando-se seringa estéril e agulha com calibre 20. Injetar rapidamente no frasco-ampola: 50 mg/frasco-ampola 10 ml água estéril para injeção; 100 mg/frasco-ampola 20 ml água estéril para injeção. Agitar levemente com a mão, através de movimentos de rotação com o frasco-ampola, até que o fluido amarelo torne-se claro. Observar que o fluido pode ser opalescente. O líquido em cada frasco-ampola reconstituído conterá 5 mg de anfotericina B por ml. Para infusão, diluir posteriormente, até a concentração final de 0,625 mg/ml através da diluição  de 1 volume de AMPHOCIL reconstituído com 7 volumes de soro glicosado a 5% para injeção.

Cuidados de Conservação de Amphocil

Frascos-ampolas fechados contendo material liofilizado devem ser armazenados a temperatura de 15ºC-30ºC. Após reconstituição, a droga deve ser refrigerada a temperatura de 2ºC - 8ºC e usada dentro de 24 horas. Não congelar. Após diluição posterior com soro glicosado a 5% para injeção, a infusão deve ser armazenada em refrigerador (2º-8º) e usada dentro de 24 horas. Os frascos parcialmente usados devem ser descartados.

Incompatibilidades de Amphocil

Não reconstituir o pó liofilizado com soro fisiológico, ou soro glicosado. Não adicionar soro fisiológico ou eletrólitos no concentrado reconstituído e não misturar com outra drogas. Caso o medicamento seja administrado através de um equipo de infusão já existente, lavá-lo com soro glicosado a 5% para injeção antes da infusão de AMPHOCIL, caso contrário, administrar através de um equipo separado. O uso de qualquer outra solução que não for a recomendada, ou a presença de agente bacteriostático (por exemplo: álcool benzílico), pode causar precipitação de AMPHOCIL. Não usar material que demonstre evidência de precipitação ou qualquer outro material particulado. Técnicas assépticas estritas devem sempre ser seguidas durante a reconstituição e diluição, uma vez que a droga liofilizada ou em solução não possui conservantes.

Conduta na Superdosagem de Amphocil

Em caso da superdosagem, interromper a administração imediatamente e monitorizar cuidadosamente o quadro clínico dos pacientes (funções renalhepática e cardíaca; estado hematológico e eletrólitos séricos) e instituir o tratamento sintomático.

Apresentação de Amphocil

AMPHOCIL é apresentado como produto liofilizado estéril, apirogénico, contendo 5mg /ml de anfotericina B, quando reconstituído  para infusão intravenosa.


Venda Sob Prescrição Médica.

ZENECA Farmacêutica do Brasil Ltda.

Nosso site tem objetivo de informar sobre medicamentos para que serve, dicas de saúde, dietas saudáveis, tudo sobre o COVID 19, entre outras doenças.

Essas informações não deverão ser utilizadas como substituto de prescrição médica para o tratamento de qualquer doença.

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